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Afrodite, a deusa do amor.


Ahhh Afrodite: a mais bela e irresistível das deusas. Na vida de uma mulher, ela suscita o amor, a beleza, a atração erótica, a sensualidade, a sexualidade e a renovação da vida. Este arquétipo motiva as mulheres a buscarem intensidade nos relacionamentos, em vez de permanência. Quando este arquétipo está presente em uma mulher, ela se enamora facilmente e frequentemente. Chamada de Vênus pelos Romanos, era associada ao dourado, às pombas enamorando, aos cisnes acasalando, às flores, às rosas, às doces fragrâncias, às maças e às romãs. Afrodite é amante do riso, dotada de irresistível encanto: uma deusa que auxiliava aos homens que oravam a ela por ajuda.


Já no âmbito profissional, Afrodite impele as mulheres a preencherem funções criativas e a serem receptivas às mudanças. Perceba que o trabalho criativo surge a partir de um envolvimento apaixonado e intenso. Pode ser por uma pintura, uma forma de dança, uma composição musical, uma escultura, um poema, uma nova teoria ou negócio... Independentemente do que for, Afrodite faz a mulher se deixar absorver por algo que a fascina. Se este for um arquétipo ativo, a mulher tende a entrar em sucessivos e intensos esforços criativos, ou seja, quando um projeto se encerra, logo já surge outro que a inspira.


Quais as dificuldades que o arquétipo pode causar?


Na adolescência, a menina pode adquirir má reputação, autoestima manchada e autoimagem negativa. Pode ser que as "boas meninas" a evitem, ao mesmo tempo que os meninos a desejem (ainda que não a considerem suficientemente boa para ser uma namorada firme). Quando o arquétipo está descontrolado a gravidez não desejada é uma probabilidade, assim como contrair doenças sexuais transmissíveis.


A mulher afrodite tende a agir pelo seu desejo, mas é preciso escolher sabiamente quando e com quem. Ela pode sofrer por condenação social e por uma série de relacionamentos superficiais. Sua maneira apaixonada e atenciosa de se relacionar pode ser interpretada erroneamente. O arquétipo também pode colocar a mulher em apuros, uma vez que as prioridades emocionais tendem a ter mais peso do que as considerações práticas.


Como se desenvolver?


Reconhecer o próprio padrão arquetípico e libertar-se de eventual culpa já é algo muito potente. Importante também é que a mulher aprenda a cuidar de seus próprios interesses, a fazer escolhas e a prever as consequências. Classificar o que é importante, daquilo que não é. Escolher suas prioridades, assim como aprender a ignorar um pouco os apelos dos outros.


“Até que a mulher possa dizer não a sua suscetibilidade, ela não poderá determinar o próprio curso da vida.” Jean Shinoda Bolen

Como cultivar Afrodite?


Já as mulheres que não têm este arquétipo ativo e gostariam de cultivá-lo, precisam começar a colocar seu enfoque no aqui e agora. Atitudes culposas e repletas de julgamentos são obstáculos para se desfrutar do fazer amor e do trabalho criativo. Proibições para o prazer, para o lazer, para as atividades não produtivas ou para o sexo são aspectos que não contribuem.


É preciso proporcionar tempo e oportunidade para Afrodite se desenvolver. Gozar de férias, um cenário repousante, diversão, conversa e amor. Dançar. Gostar do seu corpo. Aprender a dar e receber uma massagem. Cultivar interesse pela arte, poesia, dança, música ou qualquer outro propósito na esfera da estética.


Que a beleza deste arquétipo a inspire e a preencha de prazer e amor.


Com carinho,

Monique


Este texto tem como fonte a obra de Jean Shinoda Bolen, As Deusas e a Mulher.

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